O dólar passou a renovar as máximas após o leilão de compra da moeda realizado pelo Banco Central esta tarde, influenciado pelo movimento de redução de posições vendidas no mercado futuro de dólar, a queda das Bolsas em Nova York e São Paulo e a elevação do risco Brasil. O dólar comercial fechou valendo R$ 2,152, em alta de 0,51%, após oscilar entre a mínima de R$ 2,141 e a máxima de R$ 2,154. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista encerrou cotado a R$ 2 152, com valorização de 0,50%.
A discussão nos últimos dias dentro do governo, no mercado e em setores da indústria em torno do patamar atual preocupante do câmbio e seus efeitos sobre a atividade econômica também compõe o pano de fundo desse reposicionamento dos investidores, disse um operador. Não se descarta a possibilidade de que alguma medida possa vir a ser tomada pelo BC visando ajudar a dar sustentação ao dólar.
A agenda de indicadores dos Estados Unidos da próxima semana também estará recheada de importantes indicadores e o mercado cambial já pode ter se posicionado hoje para isso. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA em outubro e seu núcleo serão divulgados na terça-feira e a inflação ao consumidor (CPI) de outubro e seu núcleo na quinta-feira.
Internamente, os destaques da agenda serão o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de novembro na quinta-feira e os dados de vendas do comércio varejista em setembro na sexta-feira. Dependendo dos resultados, os investidores poderão balizar melhor suas apostas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide sobre a taxa básica de juros (Selic), nos dias 28 e 29 de novembro.