O dólar encerrou em queda pelo quinto dia consecutivo. No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou em baixa de 0 60%, cotado a R$ 2,158, após oscilar entre a mínima de R$ 2,156 e a máxima de R$ 2,17. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista registrou desvalorização de 0,53%, fechando a R$ 2,158.
O dólar mostrou-se sem direção nos primeiros momentos da manhã, quando os negócios ainda se limitavam ao mercado futuro, dividido entre as diferentes análises proporcionadas pelo resultado da eleição de ontem que, surpreendentemente, empurrou a definição do próximo presidente brasileiro para o segundo turno. Com a abertura do mercado à vista e o ânimo mostrado pela Bolsa de Valores de São Paulo, a moeda norte-americana acabou definindo-se pela trajetória de queda, que sustentou e aprofundou no decorrer de toda a manhã.
Sem fluxo que justifique a queda forte das cotações e com o mercado internacional apresentando comportamento morno, os operadores acabaram atribuindo o recuo a um ânimo dos investidores com a possibilidade, ainda que menos provável, de que Geraldo Alckmin venha a ganhar a corrida para a Presidência. Ainda assim, afirmam que essa empolgação estaria mais presente nos negócios da bolsa e acreditam que pelo menos parte da queda do dólar poderia vir de entradas de estrangeiros com direção ao mercado acionário, ou para o mercado futuro de dólar. Mas isso só poderá ser corroborado com números, amanhã.
Embora citem a empolgação com o resultado da eleição como principal fator para explicar a queda do dólar hoje, os operadores ressaltam a incoerência disso em relação às posições assumidas pelos investidores nos dias que antecederam o pleito. E mostram-se céticos quanto à sustentação desse ânimo.