O mercado de câmbio retomou nesta quarta-feira (27) a tranqüilidade que tinha abandonado na quinta-feira da semana passada. O clima já havia sido menos tenso ontem, quando o dólar caiu 1,17%, encerrando o dia a R$ 2,193. Mas a volatilidade era maior e os operadores disseram que, hoje, o comportamento do mercado doméstico de câmbio esteve mais condizente com momentos de estabilidade.
No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou em baixa de 0,27%, cotado a R$ 2,187, após oscilar entre a mínima de R$ 2 182 e a máxima de R$ 2,191. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista registrou desvalorização de 0,23%, fechando a R$ 2,188.
Vários fatores contribuíram para a forma amena em que decorreram as transações com dólar hoje. Um deles foi a confirmação, ontem, de que o Banco Central não rolará cerca de US$ 800 milhões do vencimento de contratos de swap cambial reverso do próximo dia 2 de outubro, que totaliza US$ 1,6 bilhão.
À decisão do BC sobre o vencimento de swaps somaram-se notícias externas positivas e o conseqüente comportamento favorável dos principais mercados internacionais. E também o fluxo positivo de recursos por aqui.
Segundo o Departamento do Comércio dos EUA, as vendas de residências novas daquele país aumentaram 4,1%, para a média anualizada de 1,050 milhão de unidades, em agosto. Os economistas consultados pela agência Dow Jones previam queda de 2,5%, para a média anualizada de 1,045 milhão de unidades e outros especialistas trabalhavam com um declínio de 1,0%, para a média anualizada de 1,061 milhão de unidades em agosto. A surpresa com esses dados impulsionou as bolsas norte-americanas.