O dólar comercial fechou hoje valendo R$ 2,31 no mercado interbancário (balcão), registrando elevação de 1,54%. A moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 2,285 e a máxima de R$ 2,366. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista terminou o dia com avanço de 1 40%, a R$ 2,322.

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Os investidores em dólar demonstraram nervosismo acentuado nesta terça-feira e levaram o Banco Central a irrigar o mercado de câmbio, por meio de uma oferta de mil contratos de swap cambial (que negocia o diferencial entre juros e câmbio) com vencimento em 3 de julho de 2006.

A medida surpreendeu boa parte dos analistas, mas todos entenderam um único recado: o BC não está disposto a permitir que o dólar apresente a volatilidade que estava sendo registrada hoje. Neste tipo de leilão, que não era realizado desde 2004, o BC assume posição vendedora de dólar, diferindo totalmente do swap reverso que vinha sendo ofertado, no qual o BC fica ativo (comprado).

Os motivos para o estresse visto hoje dividem os analistas em alguns pontos. Mas no que diz respeito à tensão externa, todos concordam. Os especialistas argumentam que os momentos de maior pressão na cotação do dólar coincidiram com as pioras externas, ora nas bolsas, ora nos juros dos títulos dos EUA. Lembram que os temores de inflação nos países desenvolvidos não foram afastados e destacam que as expectativas de altas maiores nos juros dos países desenvolvidos ganham força.

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