Rumores sobre o golpe de estado ocorrido hoje na Tailândia, conhecidos no início da tarde, definiram tendência de alta para a cotação do dólar no Brasil.

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No mercado interbancário, o dólar comercial encerrou em alta de 0,75%, cotado a R$ 2,163. A moeda oscilou entre a mínima de R$ 2 145 e a máxima de R$ 2,165. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista terminou com valorização de 0,77%, valendo também R$ 2,163.

As notícias sobre a Tailândia afetaram o mundo desenvolvido e, ainda mais intensamente, os emergentes. Caracterizada como um dos tigres asiáticos, a Tailândia foi atingida pela crise que a região enfrentou em 1997 e tem os EUA e o Japão como principais parceiros comerciais.

A crise política tailandesa pegou o mercado global já sensível pelas interpretações dadas aos números econômicos norte-americanos que foram divulgados esta manhã. Internamente, no mercado de câmbio, a reação às novidades dos EUA foi dúbia e deixou a cotação do dólar sem trajetória firme durante a maior parte da manhã.

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O resultado do índice de preços ao produtor (PPI) norte-americano (alta de 0,1% ante estimativa de 0,2% no índice cheio e núcleo com queda de 0,4% perante projeção de alta de 0 2%) mostrou queda da inflação maior do que a esperada e reforçou as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manterá a interrupção do aperto monetário dos EUA em sua reunião de amanhã. Isso é considerado positivo para os emergentes e é motivo para a desvalorização da moeda norte-americana.

Mas houve uma segunda leitura para a queda brusca da inflação dos EUA. De acordo com ela, os dados do PPI de hoje seriam mais um sinal de que a redução da atividade econômica dos EUA pode estar ocorrendo em maior intensidade do que o desejado. E isso é preocupante para o mundo como um todo.

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