O dólar manteve-se em alta durante quase todo o dia, na expectativa pela ata do banco central norte-americano, que foi divulgada à tarde e levou a moeda às cotações máximas; refletindo preocupação com as tensões geradas pelos testes nucleares da Coréia do Norte; e refletindo frustração com o resultado da pesquisa eleitoral feita pelo Datafolha, apontando aumento na vantagem de Lula sobre Alckmin na corrida pela Presidência da República.
O dólar comercial fechou em alta de 0,23%, a R$ 2,158, no mercado interbancário, após oscilar entre a mínima de R$ 2,15 e a máxima de R$ 2,163. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista avançou 0,28%, também para R$ 2,158.
A preocupação com a Coréia do Norte passou a pesar menos quando o presidente norte-americano, George W. Bush, reiterou que os EUA não têm intenção de atacar o país.
A ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), contudo não foi bem recebida pelo mercado e segurou o dólar em alta pelo resto do pregão. O documento afirma que o Fed ainda considera a inflação norte-americana mais alta do que o desejável. Segundo a instituição, responsável por definir a taxa básica de juros do país, os riscos de alta de inflação permanecem.
Em reação à ata, os juros dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries) chegaram às máximas do dia, o que provocou igual movimento no mercado de câmbio brasileiro.
O choque de um avião com um edifício em Nova York, perto do fim do pregão, também contribuiu para a alta do dólar, com os operadores em dúvida sobre se o choque seria um ato terrorista.
