Após registrar leve alta ontem, a moeda norte-americana voltou a encerrar em baixa ante o real nesta quarta-feira (9), em ambos os mercados. O dólar comercial, negociado no mercado interbancário, recuou 0 15% e fechou a R$ 2,019 – a menor cotação de fechamento desde o dia 20 de fevereiro de 2001, quando a moeda valia R$ 2,011. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista cedeu 0,20%, para R$ 2,018 – taxa mais baixa desde o fechamento do pronto em 20/2/2001 a R$ 2,011.
A moeda norte-americana oscilou bastante em relação ao real após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) de não alterar o juro básico nos EUA, em 5,25% ao ano, e informar no seu comunicado que o "risco predominante é que a inflação não recue como o previsto". "A inflação norte-americana pesou na avaliação do Fed. As Bolsas em Nova York também oscilaram após a decisão do BC americano, mas depois se posicionaram em alta, favorecendo a renovação das pontuações máximas pela Bolsa de Valores de São Paulo. Esse comportamento das Bolsas estimulou ofertas de dólar e a queda dos preços", disse um operador.
Foi aí que o Banco Central decidiu atuar hoje, comprando moeda no mercado à vista. Na operação, o BC aceitou seis propostas à taxa de corte de R$ 2,0215. Por enquanto, o mercado ainda não estimou o volume do lote adquirido pelo BC. No leilão, foram apresentadas 16 propostas com taxas declaradas, que iam de R$ 2 021 a R$ 2,023. Seis bancos não informaram as taxas. Logo após o leilão, o dólar acentuou as quedas exibidas, até fechar com as cotações citadas.
