Mesmo com dois leilões feitos pelo Banco Central (BC), o câmbio caiu mais de 1% no fechamento. O BC fez dois leilões nesta sexta-feira (1º) – um de compra de pela manhã e outro de swap reverso à tarde (equivalente a uma compra de moeda no mercado futuro) – e pode ter absorvido mais de US$ 2,5 bilhões nas duas operações, embora esse valor ainda não seja confirmado pelos operadores de câmbio.

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Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista recuou 1,30% e encerrou cotado a R$ 1,90. No mercado interbancário, o dólar comercial terminou em baixa de 1,09%, a R$ 1,905. Trata-se do menor nível registrado pela moeda desde o dia 20 de outubro de 2000.

O forte fluxo cambial positivo e os dados favoráveis da economia norte-americana divulgados nesta sexta-feira justificaram o tombo do dólar, após uma queda de 5,4%.

O indicador sobre o mercado de trabalho norte-americano, payroll veio mais forte do que o esperado (157 mil, ante previsões de 145 mil). Já o núcleo (sem os preços de energia e alimentos) do índice de preços dos gastos com consumo de abril (PCE) cedeu de 2,1% (anual) em março para 2% em abril – pela primeira vez em 14 meses dentro da zona de conforto considerada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Também o balanço da Dell divulgado na noite de ontem, foi bem-recebido e o resultado disso tudo é que as bolsas norte-americanas operaram em alta, assim como a Bovespa renovou a máxima e atingiu pela primeira vez na história os 53 mil pontos.

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O risco Brasil também estava na mínima do dia, por volta das 16 horas, em queda de 2,82% em 138 pontos-base – o que se permanecer até o fechamento será nova mínima histórica.