Dólar comercial abre em alta de 0,5% a R$ 2,22

O dólar comercial abriu em alta de 0,5%, negociado a R$ 2,22 no mercado interbancário. Ao contrário do que boa parte do mercado esperava, o Banco Central fará hoje um leilão reverso no mercado de derivativos, no valor de US$ 600 milhões. O objetivo é rolar parte do vencimento do próximo dia 2 de outubro, de US$ 1,6 bilhão. Também foi anunciado que, na próxima segunda-feira, haverá pesquisa de demanda no mercado para outro possível leilão com o objetivo de completar a rolagem do vencimento do próximo dia 2.

A surpresa do mercado perante a decisão do BC de realizar o leilão deve-se ao fato de boa parte dos analistas fazer uma avaliação pessimista ontem para os próximos dias. O principal fator é a crise política envolvendo a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição. Mas pesa significativamente também a piora que houve ontem no cenário internacional, depois que foi divulgado o índice de produção industrial do Fed da Filadélfia, nos EUA, muito abaixo do esperado.

Ou seja, o mercado aposta na alta firme e constante do dólar nos próximo dias, às vésperas da eleição presidencial, apoiado na neblina que se formou sob os cenários político interno e econômico dos EUA. Por aqui, o maior temor, por enquanto, é que Lula, mesmo eleito, não tenha força para fazer as reformas necessárias ao crescimento e o ajuste fiscal. Em relação aos EUA o medo é de queda abrupta na atividade econômica e eventual recessão.

Esta manhã, no rastro dessas incertezas sobre o cenário norte-americano, as bolsas européias operavam em queda. As taxas de juros dos títulos do Tesouro americano recuavam. Os futuros das Bolsas de NY também registravam desvalorização. Tudo isso corrobora para que o dólar inicie o dia em alta no mercado doméstico.

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