O dólar abriu em baixa de 0,17% no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), cotado a R$ 2,0955. O tom é de calma e cautela neste início de semana no exterior, com as bolsas mostrando pouca disposição para apostas agressivas

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Depois de os mercados acionários da Ásia mostrarem ligeira alta, na Europa os principais índices de ações iniciaram o dia no positivo, mas inverteram e às 9h48 operavam em baixa. Londres caía 0,16%, Frankfurt cedia 0,44% e Paris recuava 0,65%. Os índices futuros de Nova York vão na mesma toada, com o S&P 500 de junho em baixa de 0,25% e o Nasdaq futuro, -0,28%.

O ritmo é marcado pela avaliação de que, embora os números da criação de vagas de trabalho nos EUA, divulgados na última sexta-feira, tenham acalmado os temores de recessão norte-americana, acabaram reforçando as preocupações com a inflação.

E a divisão dos especialistas sobre o comportamento do mercado continua. Uns afirmam que a tensão recente dos investidores, deflagrada pela queda da Bolsa da China no último dia 27 de fevereiro, está concluída. Outros acreditam que o momento não foi superado e que a volatilidade ainda afetará os negócios. E a busca pela solução dessa dúvida e do novo ponto de equilíbrio dos mercados deve ser o grande motor dos investidores hoje e nos próximos dias.

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Mais otimista do que o sentimento dos analistas internacionais, o clima por aqui é de que o ajuste dos mercados globais está concluído. E a perspectiva é que as eventuais oscilações do dólar ante o real sejam pontuais, pautadas pelo comportamento externo e pelo fluxo de recursos. E para este último prevalece a estimativa de saldo positivo.

"As entradas de recursos nunca pararam e a alta recente deveu-se somente à turbulência internacional. Agora, os mercados estão voltando ao normal e o dólar retoma a tendência de queda", afirmou um especialista esta manhã. Vale ressaltar que o Banco Central segue atuante na compra de dólares no mercado à vista e ninguém trabalha com a possibilidade de isso ser alterado. Assim ainda que aposte em trajetória de queda do dólar, o mercado doméstico não deve experimentar movimentos bruscos nessa direção mesmo perante provável fluxo positivo.

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