Dólar começa o dia valendo R$ 2,155 na BM&F

A taxa de câmbio no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) começou o dia valendo R$ 2,155 nos contratos de dólar de liquidação à vista, leve alta de 0,09% em relação aos últimos negócios fechados ontem à tarde.

Os indicadores norte-americanos reforçam a tranqüilidade em relação ao cenário internacional, os dados preliminares de fluxo mostraram entrada líquida de US$ 1,762 bilhão em novembro e, ainda assim, o dólar sustentou trajetória de alta no mercado doméstico ao final do pregão de ontem. Boa parte dos investidores não entendeu o movimento, mas algumas conclusões e fatos sinalizam uma tendência de alta para o dólar, embora os especialistas considerem prematuro apostar nisso.

O fato é que, nos últimos dias, o mercado passou a olhar a marca dos R$ 2,15 de maneira diferente. O valor, que foi considerado teto da cotação do dólar no mercado à vista, vem sendo tratado como piso, há cerca de uma semana. Mas a idéia ainda não está consolidada.

Por trás dessa mudança há, antes de mais nada, uma inversão na posição dos investidores estrangeiros no mercado futuro. Aos poucos, a posição vendida desses players foi zerada e, agora, eles figuram na ponta comprada.

Sem entender direito os motivos, no rastro dos estrangeiros, internamente, o mercado está segurando dólares na mão também no mercado à vista. Isso, que era uma desconfiança nos últimos dias tornou-se certeza para alguns, ontem, depois que o Banco Central divulgou os dados do fluxo cambial dos sete primeiros dias úteis de novembro. As entradas ocorreram tanto pelo segmento comercial (US$ 1,562 bilhão) quanto pelo financeiro (US$ 237 milhões). No mesmo período, o Banco Central teria comprado pouco mais de US$ 800 milhões no mercado. Como vinha demonstrando apetite por divisas durante todo o mês de outubro, quando adquiriu US$ 5 bilhões, superando o fluxo positivo e como durante essa redução nas compras do BC o dólar subiu, os especialistas concluem que o mercado está escolhendo ficar com a moeda norte-americana em carteira.

Os motivos ainda não estão claros, mas para alguns, há um clima de cautela em relação ao segundo mandato do presidente Lula. Ninguém espera mudanças abruptas, mas a idéia de que alterações sejam feitas, resultando de forma indireta na cotação do dólar, ganha força em determinados momentos. Por isso, por aqui, os acontecimentos que merecem mais atenção dos investidores são os que se referem ao desenrolar dos acontecimentos de Brasília.

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