Mais um dia de agenda fraca nos EUA, abrindo espaço para ganhos nos mercados de ações internacionais e valorização do real no Brasil. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar começou a terça-feira em queda de 0,29%, negociado a R$ 1,934.
As estimativas sobre os novos níveis de equilíbrio para a cotação do dólar em relação ao real são as mais diversas possíveis. Mas há um consenso: todos concordam que, no curto prazo, a queda é a tendência natural.
A responsabilidade sobre a intensidade desse recuo previsto para o dólar continua sendo atribuição do Banco Central (BC). Quanto mais leilões de compra de dólar no mercado, menor a desvalorização da moeda norte-americana. Os momentos de alta das cotações devem ser pontuais.
Para alguns operadores, o cenário político conturbado, com as acusações de corrupção que supostamente envolveriam o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, poderia servir de pretexto para um desses momentos de alta do dólar ainda nesta terça.
Outros ressaltam que o assunto não envolve o presidente Lula e, portanto, na atual situação de economia forte, não tem força para interferir nos preços dos ativos brasileiros.
A perspectiva é que a entrada de recursos externos no País permanecerá firme, tanto pelo segmento comercial, quanto pelo financeiro.
Muitos falam em piso do dólar entre R$ 1,80 e R$ 1,85. A maioria acredita, no entanto, que o ponto de equilíbrio seria acima dessas marcas. Boa parte dos analistas não arrisca estimativas.