O efeito Greenspan, que abriu espaço para ajustes nos mercados internacionais e domésticos, parece esgotado. A bolsa chinesa voltou a mostrar valorização e fechou o dia em novo recorde histórico. A Europa opera no lado a lado e, nos EUA, a sinalização dada pelos mercados futuros é de um dia positivo. Com esse cenário, o dólar de liquidação à vista abriu em baixa de 0,66%, cotado a R$ 1,956 no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). No mercado interbancário, ainda não há registro de negociação de dólar comercial até este horário.
Embora o farol internacional mais importante para os investidores do mercado doméstico de câmbio venha sendo o comportamento das ações, alguns analistas começam a apontar a necessidade de se prestar mais atenção ao desempenho dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) no mercado secundário dos EUA. Os juros vêm sendo corrigidos por lá e, ontem, esse movimento ganhou força após os dados fortes de vendas do mercado imobiliário. A avaliação, praticamente consensual, é de que diminuiu consideravelmente a possibilidade de o juro básico norte-americano recuar até o final deste ano. E, simultaneamente há ajustes de alta em taxas de outros países desenvolvidos.
Para alguns, essa dinâmica dos juros já estaria influenciando o mercado de moedas emergentes, provocando correção de baixa nesses ativos. Entre os especialistas de bancos internacionais há quem defenda que as últimas desvalorizações de moedas emergentes, entre elas o real, estariam ligadas ao movimento de juros. Para esses a dinâmica não estaria esgotada. A analisar e conferir já que a avaliação está longe de ser consenso, por enquanto.