A taxa de câmbio volta a registrar forte queda no início dos negócios no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), depois de ter recuado ontem pela primeira vez, desde o final de janeiro de 2001, abaixo de R$ 2,00.

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Nesta quarta, às 9h10, o dólar à vista estava cotado a R$ 1,968 na BM&F, baixa de 0,66% em relação ao fechamento da sessão de ontem (R$ 1,981).

Segundo analistas financeiros, o dólar deve continuar nesse rumo principalmente porque o Banco Central mostrou que não vai destinar forças para segurar o dólar em R$ 2,00, nível que era considerada um piso informal pelo mercado. Ontem, enquanto a cotação da moeda norte-americana acelerava o recuo – que chegou ao final do dia muito superior a 1% – a autoridade monetária ficou assistindo e limitou-se a fazer somente um leilão de compra no mercado à vista, já perto do final do pregão. E comprou somente US$ 425 milhões, segundo cálculos dos operadores. O volume é bastante inferior aos adquiridos nos momentos recentes de agressividade, quando ultrapassaram US$ 1 bilhão. Além disso, ontem mesmo o governo anunciou medidas fiscais que miram os setores mais prejudicados pela valorização do real.

Assim, os investidores não esperam mudanças para o mercado doméstico de câmbio. A avaliação unânime é que a tendência de queda do dólar deve continuar, embora se esperem oportunidades de realização de lucros que possam provocar ajustes pontuais de alta. Esses espaços para compra tendem a ser determinados pelo cenário internacional, já que por aqui não há sinais de tensões. Nesse sentido, as atenções desta quarta-feira voltam-se principalmente para os comportamentos dos mercados acionários da Europa e EUA e a agenda que possa interferir nessas performances.

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