O dólar acentuou a queda nesta tarde, em sintonia com o recuo mais forte do Risco Brasil, que reflete a melhora dos ativos externos. Às 15h46, a moeda negociada no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) recuava 3,01%, a R$ 2,252. Jo o dólar comercial (mercado de balcão) caía 3,06% (R$ 2,252). O Risco País, que mede a confiança dos estrangeiros no Brasil, registrava perda de 7 pontos, para 265 pontos-base.

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Em Nova York, as Bolsas se mantêm em altas – Nasdaq, +1,18% e Dow Jones, +0,54% – e os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos em baixa: a taxa do papel de 10 anos estava em 5 1095% de 5,128% ontem. Um operador afirmou que, além do ambiente externo mais calmo após os indicadores divulgados nos EUA pela manhã, um fator técnico doméstico também influencia a queda mais forte do dólar.

A ptax (média das cotações do dólar apurada pelo Banco Central) de hoje será usada como referência inicial para apuração da correção cambial mais juros embutida nos contratos de swap cambial (operação feita no mercado futuro de dólar) vendidos pelo Banco Central na terça e quarta-feira, num total de cerca de US$ 798 milhões. Ou seja, quanto mais baixa fechar a ptax de hoje maior pode ser o espaço para a moeda subir até o vencimento dos contratos vendidos ao mercado, no caso 3/7/2006, avaliou. Por isso, os investidores que compraram esses contratos têm interesse na queda do dólar que, por tabela, afeta a formação da ptax e os favorece.

No mercado de ações, o Ibovespa – principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subia 2,46% (às 15h54), aos 37.419,4 pontos.

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