O dólar comercial ampliou o ritmo de queda nos negócios da tarde e cravou uma nova cotação mínima. Foi negociado a R$ 2,861, uma queda de 0,24%. No começo dos negócios, a moeda subiu até 0,89% na máxima de R$ 2,893, com a notícia de que o Banco Central vai realizar leilões para comprar divisas e reforçar as reservas do país.

“Estamos no aguardo do BC”, diz o consultor da corretora Vision, Sergio Paiva. Na sua opinião, as cotações estão em queda devido às entradas de divisas de exportadores. “Quando o BC começar os leilões, acredito que haverá uma pequena subida do dólar para R$ 2,89”, afirma Paiva.

A decisão do BC foi bem recebida pelo mercado. O risco Brasil desaba quase 2%, aos 420 pontos, menor nível desde outubro de 97. O C-Bond, principal título da dívida externa do país, bate um novo recorde atingindo 99,50% do valor de face, uma valorização de 0,37%.

Na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), os juros futuros caem. O contrato para fevereiro projeta taxa anual de 16,04%, levemente abaixo dos 16,09% de ontem. O contrato de dólar futuro para a virada do mês projeta a moeda a R$ 2,882, uma queda de 0,34%.

Para um dos principais especialistas em câmbio do país, o ex-diretor do Banco Central Emilio Garofalo, o dólar voltará à casa de R$ 3 até março com os leilões de compra de divisas pelo Banco Central.

“O BC demorou a tomar essa decisão. Essa é a única crítica à medida”, disse.

Na sua opinião, a recomposição das reservas do país por meio da compra de divisas pelo BC deveria ter começado no ano passado, quando a moeda passou a ser negociada abaixo de R$ 3. (FolhaNews)

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