A taxa de câmbio começou o dia hoje praticamente estável no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, com o dólar negociado a R$ 2,161 nos contratos de liquidação à vista. Na sexta-feira, o dólar havia fechado a R$ 2,16. Não houve pregão ontem na BM&F por causa de feriado municipal
O Banco Central informou ontem, enquanto o mercado financeiro estava fechado em São Paulo e no Rio de Janeiro, que a posição em câmbio dos bancos no último dia 16 estava comprada em US$ 3 259 bilhões. Ao final de outubro, a posição comprada dos bancos era de US$ 690 milhões. No mesmo período, o fluxo cambial registrou saldo positivo de US$ 3,802 bilhões, resultado de US$ 2,730 bilhões de entradas líquidas pelo segmento comercial e de US$ 1,072 bilhão pelo financeiro. E a cotação do dólar saiu de R$ 2,143 no último pregão do mês passado para R$ 2,154 no fechamento do dia 16, com alta de 0,51%. Ou seja, o mercado absorveu as entradas de recursos e manteve a cotação estável, com pequena alta.
Especialistas avaliam que há uma mudança de posição dos investidores, que preferem segurar a moeda norte-americana na mão do que vendê-la ao Banco Central, como ocorreu durante o mês de outubro. Os motivos que geram essa mudança não são claros e os analistas citam a iminência do pacote fiscal, movimento natural de final de ano e apreensões em relação à formação da equipe do segundo mandato do presidente Lula.
Para os próximos dias, incluindo hoje, as opiniões se dividem. Uns acham que perante os dados do fluxo e posição cambial dos bancos até o último dia 16, os investidores vão fazer um ajuste que resultará em queda da cotação do dólar. Outros, avaliam que os dados assustarão parte dos investidores e poderão provocar um movimento ainda maior de compras de dólares. De qualquer forma, mesmo divididos em relação ao caminho que o dólar adotará hoje, a maioria acredita que o pregão desta terça-feira definirá um rumo de curto prazo para a moeda norte-americana.