Duas boas notícias referentes ao cenário nacional embalam a abertura do mercado doméstico de câmbio nesta manhã e reforçam o otimismo dos investidores: a agência de classificação de risco Fitch elevou para "positiva" a perspectiva do risco Brasil e a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), de 0,43% em janeiro, ficou abaixo do piso das estimativas, que oscilavam de 0,45% a 0,59%.
O dólar abriu em queda de 0,62% no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, cotado a R$ 2,08 nos contratos de liquidação à vista. Ontem a taxa de câmbio já havia fechado em baixa de 0,52%, a R$ 2,094. Desde o começo do ano, a desvalorização do dólar em relação ao real já passa de 2,5%.
No exterior, o tom é positivo nos EUA, com taxas de juros dos títulos do Tesouro em pequena queda e índices futuros de ações em alta. Na Europa, os mercados acionários apresentam bom desempenho. Por fim, as commodities metálicas e o petróleo valorizam e devem ser um impulso favorável para o índice Bovespa bastante afetado pelos dois setores.
O único fator que poderia levar o dólar a uma alta esta manhã seria um movimento de realização, orquestrado, por parte das grandes instituições que operam no mercado de derivativos com vistas à arbitragem entre dólares e taxa de juros em real. Até porque, é esse movimento que agrava a tendência de desvalorização da moeda norte-americana desde que o banco central americano (Fed) soltou o comunicado de sua reunião, na semana passada, e do qual o mercado concluiu que o juro dos EUA ficará estável por tempo mais prolongado.