Passado o vencimento dos contratos futuros de novembro, os investidores em câmbio não têm mais motivos para tentar segurar as cotações do dólar e a definição da trajetória hoje deve ater-se aos acontecimentos do dia, ao fluxo de recursos e às perspectivas políticas e econômicas internas. E o conjunto desses fatores aponta para uma abertura do dólar em queda, já confirmada pelo primeiro negócio fechado no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, que teve o dólar cotado a R$ 2 14, recuo de 0,14%.
Lá fora, as principais bolsas européias operam em alta, impulsionadas principalmente pelas valorizações das commodities metálicas. Nos EUA, os mercados acionários andam de lado, aguardando a divulgação do principal indicador do dia: o índice de atividade industrial nacional dos gerentes de compras referente a outubro (ISM), que sai às 12 horas (de Brasília).
Por aqui, o destaque da agenda econômica é a divulgação pelo Banco Central (BC) do resultado final do fluxo cambial de outubro, marcada para as 12h30. No último dia 17, o fluxo acumulado do mês estava positivo em US$ 2,103 bilhões, e a posição de câmbio dos bancos estava comprada em US$ 2,519 bilhões.
Já o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga o resultado fechado de outubro da balança comercial brasileira. A previsão dos analistas consultados pela AE é de que a balança registre superávit de US$ 3,4 bilhões a US$ 4,5 bilhões.
Quanto ao fluxo, as expectativas seguem positivas, mas o mercado está cada vez mais convicto de que qualquer entrada será enxugada pelas atuações do BC. A autoridade monetária segue agressiva em seus leilões diários e, ontem, pode ter comprado mais de US$ 500 milhões, segundo cálculos do mercado.