O dólar abriu em alta de 0,24% no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros. O primeiro negócio foi fechado hoje à taxa de R$ 2,125, ante o fechamento de ontem a R$ 2,12, quando subiu 1,78%, por causa da turbulência nos mercados internacionais causada pela queda de quase 9% da Bolsa da China.

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A dúvida, agora, depois do governo chinês negar os rumores de que tomará medidas para limitar investimentos, estopim da derrubada de ontem, é saber se tudo não passou de um ajuste, ou se o clima negativo durará. A perspectiva dos especialistas, por ora, é que o mercado doméstico de câmbio mantenha certo nervosismo e opere cauteloso.

Vale ressaltar que, em meio a esse cenário, o mercado define hoje a Ptax (taxa de referência do Banco Central) que liquidará os contratos futuros de março negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros. Ontem, a BM&F registrou recorde de volume negociado, impulsionado não só pelo nervosismo dos mercados – que cria oportunidades maiores de negócios e gera eventual apetite por hedge -, mas também devido à rolagem de posições dos investidores.

Para tatear a extensão do nervosismo de ontem, um dos ativos que o mercado deve acompanhar de perto nos próximos dias é o iene, a moeda japonesa. Há tempos os investidores estrangeiros captam em iene para aplicar em países emergentes, aproveitando o diferencial de juros. Um dos endereços desses recursos é o Brasil.

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O sinal de que a aversão a risco estaria levando esses investidores a abandonarem as operações de arbitragem entre o iene e as moedas emergentes seria a valorização da moeda japonesa. Isso ocorreu ontem e hoje o mercado vai acompanhar.