O mercado doméstico de câmbio está disposto a testar a sustentabilidade da cotação do dólar, buscando o rompimento da marca dos R$ 2,00 para baixo ainda nesta terça. Uns dizem que há fluxo para justificar isso, outros avaliam que, de ontem para esta terça-feira, a liquidez é baixa e o recuo acentuado rumo ao rompimento dos R$ 2,00 está fazendo parte de um teste do mercado que quer ver o Banco Central (BC) reafirmando sua disposição de intervir pesado nos negócios. De qualquer forma, no médio prazo, ninguém discorda que, sem BC, a moeda norte-americana rompe os R$ 2,00 e mantém-se abaixo desse valor.
Hoje, no entanto, com mercado testando ou não o BC, o ambiente externo tende a interferir pesadamente no caminho das cotações do dólar. Na abertura na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista começou o dia a R$ 2,006, em queda de 0,15%.
A agenda norte-americana hoje conta com indicadores de peso. Às 9h030, sai o resultado da inflação ao consumidor dos EUA (CPI) em abril. Ainda serão divulgados a renda real dos assalariados em abril e o índice de atividade industrial regional Empire State referente a maio. Também o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, fala, via satélite para a conferência sobre "Derivativos de Crédito: Onde Está o Risco?".