Dólar à vista fecha em alta de 0,09% a R$ 2,17

O dólar oscilou em alta de manhã e caiu no início da tarde, mas acabou fechando em terreno positivo pelo sétimo dia útil consecutivo, cotado a R$ 2,1699 (+0,09%) no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros e a R$ 2,17 (+0,09%) no mercado interbancário (dólar comercial). Em novembro, o dólar acumula valorização de 1,26% em relação ao real. Desde o início do ano, porém, a moeda norte-americana registra perda de 6,67%.

Alguns operadores acreditam que o dólar poderá continuar oscilando em alta, ao redor de R$ 2,16 a R$ 2,17 na próxima semana. A expectativa sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na terça e quarta-feira, e de formação da Ptax de fechamento de mês (taxa de referência do BC que ajusta os contratos futuros na BM&F) na próxima quinta-feira pode ajudar a dar sustentação ao câmbio, uma vez que as tesourarias e investidores estrangeiros aumentaram as posições compradas em dólar este mês e tendem pressionar as cotações à vista.

O dólar iniciou a tarde em queda e chegou a renovar as mínimas, cotado a R$ 2,165, baixa de 0,14% no pregão da BM&F e no mercado interbancário. A inversão momentânea à tarde refletiu um fluxo comercial mais forte, uma vez que a subida do dólar à vista de manhã até a máxima de R$ 2,174 (+0,28%) na BM&F atraiu exportadores à venda de moeda, disse um operador.

Como a liquidez a tarde foi reduzida por causa do fechamento mais cedo dos mercados em Nova York devido ao meio-feriado e da realização no fim da manhã, em vez da tarde, do leilão de compra de dólar pelo Banco Central, a oferta dos exportadores favoreceu a queda momentânea do dólar à vista. No leilão, o Banco Central comprou dólar à taxa de corte de R$ 2,1695. Segundo operadores, o BC aceitou seis propostas de cinco bancos, de um total de 15 apresentadas.

Do lado externo, a desaceleração à tarde da alta do euro ante o dólar no mercado internacional também ajudou a aliviar a pressão inicial sobre o dólar no câmbio doméstico. Às 16h30, o euro reduzia a alta ante o dólar a 1,09%, cotado a US$ 1,3094 – depois de chegar de manhã a US$ 1,3110, na máxima do dia. O euro não rompia US$ 1,31 desde abril de 2005. Pela manhã, a tendência de baixa do dólar no mercado externo foi alimentada por considerações de bancos centrais da Ásia sobre diversificação de suas reservas e a de alta do euro foi reforçada por especulações de que o Banco Central Europeu irá elevar o juro em 2007. Ante o iene, o dólar caía 0,40% a 115,85 ienes.

Na BM&F, o dólar à vista oscilou hoje 0,42%, entre a mínima de R$ 2,165 (-0,14%) e a máxima de R$ 2,174 (+0,28%). O giro financeiro registrado até as 16h20 somava cerca de US$ 315,5 milhões, com 79 negócios.

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