Dois presos morreram em uma rebelião na noite de ontem (24), na cadeia pública de Conselheiro Pena, leste de Minas Gerais, a 400 quilômetros de Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Militar, eles foram assassinados por colegas de cela. A rebelião começou por volta de 19h30 de domingo, véspera de Natal. Os presos tentaram uma fuga em massa. Antes, destruíram grades das celas, quebraram paredes da cadeia e atearam fogo a colchões e outros objetos. O motim foi contido na madrugada de ontem pela Companhia de Missões Especiais da Polícia Militar de Governador Valadares (MG).

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Os presos mortos são Wemerson Silva Gomes, de 26 anos, e João Batista Moutin, de 22. A Polícia Militar informou que um deles foi enforcado e o outro, assassinado a golpes de chucho, um instrumento cortante. Apenas um preso, Wanderlei Cardoso Estevão de 34 anos, conseguiu fugir. A rebelião deixou tensos os moradores do entorno da cadeia pública, que fica no Centro de Conselheiro Pena. Muitos deles comemoravam o Natal no momento do motim. O Corpo de Bombeiros de Governador Valadares também precisou ser chamado, para combater um incêndio que começou com o fogo colocado nos colchões pelos detentos.

Transferências

A cadeia pública de Conselheiro Pena tem capacidade para 80 presos, mas abrigava pelo menos 100, distribuídos em 14 celas. Durante a rebelião, eles pediram para conversar com um promotor e um juiz. De acordo com a Polícia Militar, 29 presos foram transferidos, após o motim, para as cadeias públicas de Aimorés, Resplendor e Galiléia, municípios próximos a Conselheiro Pena.

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