Metade dos 4,1 milhões de agricultores familiares brasileiros vive abaixo da linha da pobreza. Eles não têm acesso ao crédito, à assistência técnica e à informação. Para o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Walter Bianchini, a pobreza rural está ligada principalmente à falta de conhecimento e informação. "Há uma relação entre a pobreza rural e a ausência de conhecimento. Não chega a tecnologia da Embrapa, das redes estaduais de pesquisa, assistência técnica e extensão rural", explica o secretário.

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O secretário explicou que o governo tem obtido alguns avanços para melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares. "Nós estamos revitalizando o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, restabelecendo o papel das Emater estaduais, o trabalho com as organizações não-governamentais, cooperativas de técnicos, as parcerias com a Embrapa, redes estaduais de pesquisas, com universidades para disponibilizar conhecimento e tecnologia e crédito para os agricultores familiares com renda muita baixa", informa Walter Bianchini.

De acordo com o secretário, a meta do governo é retirar esses dois milhões de agricultores dessa situação até 2007 com o acesso a linhas de crédito e assistência técnica. "Antes do Governo Lula, 900 mil agricultores familiares tinham acesso ao crédito. Na safra 2003/2004, nós aumentamos esse número para 1,4 milhão. Para a safra 2004/2005 nós queremos atingir 1,8 milhão de agricultores com crédito. O acesso à assistência técnica caminha junto com o financiamento. Nós estamos inserindo a cada ano 500 mil agricultores", conclui o secretário.

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