Doha: Amorim diz que negociação será difícil

A conversa nos EUA, ponderou Amorim, "foi um bom início para o ano-novo." Segundo Amorim, foram discutidas questões em torno de agricultura, serviços e relações com outros países. Na avaliação de Schwab, "a conversa foi muito construtiva", mas ela reconheceu que "há duras negociações pela frente". Amorim afirmou que sentiu "uma disposição dos EUA para discutir (o corte de subsídios agrícolas), o que é positivo".

De fato, a agricultura continua no foco da disputa. Enquanto Schwab observou que "é necessário fazer muito mais não apenas quanto à agricultura, mas também em manufatura e em serviços", Amorim argumentou que "Doha não é só agricultura, mas agricultura é fundamental".

As negociações de Doha, que tiveram início em 2001, foram suspensas em Genebra, em 24 de julho de 2006, depois de divergências entre os membros do chamado G-6, que reúne EUA, União Européia, Japão, Brasil, Índia e Austrália.

Eleições

No encontro que teve com Amorim no Brasil, em meados do ano passado, Schwab observou que um acesso inadequado aos mercados não contemplaria as metas da Rodada Doha. Hoje, ela reiterou que "nem o Partido Democrata (que assumiu hoje o controle do Congresso americano) nem o Republicano aceitariam uma Rodada Doha insuficiente".

Para Amorim, "os resultados das eleições nos EUA e no Brasil não constituem obstáculo (para o avanço de Doha)". "É uma política comercial que está acima de partidos", afirmou. "Nada do que ouvi aqui me faria pessimista.

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