Uma doença rara transmitida pelas secreções de ratos foi a principal causa da segunda onda de mortes de animais, ocorrida entre o fim de 2004 e o início de 2005, no Zoológico de São Paulo, de acordo com a direção do local. A encefalomiocardite, segundo estimativa do diretor técnico-científico da Fundação Zoológico, José Luiz Catão Dias, provocou a morte de até 30 animais naquele período. A virose, que jamais havia sido registrada entre animais selvagens no Brasil, mata subitamente após causar inflamações no tecido cerebral e no coração.

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O fato foi confirmado a integrantes do Conselho Estadual do Meio Ambiente em abril por meio de carta da Fundação. A informação sobre a zoonose (doença transmitida por animais) reabriu as discussões sobre outra onda de mortes, esta mais famosa: o fim de 73 mamíferos que habitavam principalmente o setor ?extra? – fora da área de exposição ao público – no início de 2004. O caso foi relacionado, pela diretoria e pela polícia, a um envenenamento em massa dos bichos por um remédio para ratos. Havia a suspeita de que funcionários estariam por trás dos crimes.

?Soubemos que havia indícios para zoonoses (na segunda onda de mortes) e pedimos esclarecimentos à diretoria do zoológico. A questão é se não foi equivocada a tese de que um serial killer causou a primeira onda?, disse Carlos Bocuhy, do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam), um dos membros do colegiado de ambientalistas do conselho que pediu explicações ao zôo. Dependendo da resposta, os ambientalistas podem levar o caso ao conselho, que decide que providência será tomada. Uma das possibilidades é recomendar sindicância à Secretaria de Estado do Meio Ambiente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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