Não é de agora, no ponto mais alto dos desatinos cometidos pelo governador e, nossos leitores são testemunhas conscientes dessa faina que se estende por vários meses, que as colunas EtCetera e Fábio Campana, publicadas diariamente pelos jornais O Estado e Tribuna do Paraná, vêm mapeando com meticulosa exatidão o inevitável desfecho a que fatalmente descambariam as atitudes levianas e inconseqüentes do eleito pela terceira vez para governar o Paraná.
Aliás, sobretudo pela autenticidade das considerações de ontem, é imperioso enfatizar alguns termos utilizados na legítima despedida fúnebre do governo estadual, assim como a conspícua recomendação de guardar na memória o dia 22 de janeiro de 2008: ?Anote esse dia na agenda, pois ele representa o fim prematuro da gestão de Roberto Requião. Os acontecimentos da manhã de ontem (terça-feira) marcados pela postura alucinada e destemperada de um governador visivelmente perturbado são a prova viva de que o governo finou?.
Impedido, como se faz a uma criança birrenta, de continuar espalhando maldades e insolências, espargindo-as para todos os lados como um ventilador direcionado a um monte de matéria excrementícia, privado por inteiro da capacidade de discernir entre a urbanidade e a ridicularia mais abjeta, o governador se dirigiu de maneira insultuosa e grosseira – como é de seu feitio – à procuradora-geral do Estado, Jozélia Nogueira, que ato contínuo tomou a iniciativa exemplar de entregar o cargo.
Sem ter a quem acusar, num átimo de seus constantes surtos de confusão cerebral, o governador regurgitou insultos sobre a pessoa da ilibada servidora, a quem responsabilizou pelo cerceamento determinado pelo Tribunal Regional Federal mediante sentença do desembargador Edgard Lippmann Júnior, quanto ao uso da TV Educativa como veículo de difamações e impropérios contra supostos adversários.
É desnecessário rememorar o cometimento asnático protagonizado pelo governador no horário matutino das terças-feiras, da citada emissora, que decerto pela volúpia doentia de escarnecer da opinião pública e das instituições, foi batizado com a estúrdia denominação de Escola de Governo.
No pedido de exoneração, sem perder a elegância, a ex-procuradora foi sobranceira e transparente ao afirmar que diante da imprensa e dos demais secretários Requião perdeu o tino: ?As agressões verbais ultrapassaram todos os limites de tolerância, de civilidade e de educação?. Só lhe restou sair e aguardar o dobre de finados.