Dnit reabre ponte na Régis mais de um ano após desabamento

  Ciciro Back / GPP
Ciciro Back / GPP

A ponte sobre a Represa do Capivari desabou parcialmente na noite de 25
de janeiro do ano passado.

Sorocaba – A ponte sobre a Represa do Capivari, no km 42,6 da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), entre São Paulo e Curitiba, que desabou parcialmente na noite de 25 de janeiro do ano passado, será reaberta no início de março deste ano. No mesmo dia, no entanto, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) vai interditar a ponte remanescente para obras. Ainda não está definido se o fechamento será completo ou de meia pista. De qualquer forma, os 30 mil veículos que passam diariamente no trecho, de pista dupla, continuarão enfrentando um afunilamento.

"Será uma interdição curta, de aproximadamente uma semana, para obras de reforço da ponte, que ficou em pé quando a outra desabou", informou o engenheiro Ronaldo Jares, supervisor de obras do Dnit no Paraná. Ele lembra que já foram realizados serviços de contenção do aterro dessa ponte, sem a necessidade de parar o trânsito. A limitação do tráfego no sentido São Paulo – Curitiba agora será necessária para a troca de uma junta de dilatação da ponte em uso.

Desde que ocorreu o desabamento e a interdição da paralela, ela vem recebendo todo o tráfego da rodovia. Com o excesso de movimento, a junta se abriu. Também será preciso reforçar o sistema de apoio das lajes. "É uma obra preventiva, já que 65% do tráfego na rodovia é de veículos pesados", disse o técnico. Na ponte que desabou, as obras foram aceleradas, mas não serão concluídas dentro do prazo previsto no contrato, que vence dia 10 de fevereiro. Segundo Jares, à medida que os serviços avançavam, surgia a necessidade de novas intervenções. Foi preciso, por exemplo, ampliar em 40 metros a extensão da ponte para driblar a instabilidade do aterro na cabeceira. Além da reconstrução dos dois vãos que ruíram, foi feito o terceiro vão. Os testes realizados na parte da estrutura que restou intacta revelaram que um dos pilares havia se deslocado 13 centímetros. "Tivemos de fazer obras de reforço nas fundações."

Na base do aterro, foi construído um muro de pedra para aumentar a estabilidade do terreno. O Dnit construiu duas balanças, no km 36, sentido Curitiba, e no km 56, sentido São Paulo, para impedir o tráfego de veículos com mais de 45 toneladas. Segundo o órgão, o valor total das obras é de R$ 30 milhões. Desse montante, R$ 7,6 milhões correspondem aos primeiros serviços, incluindo controle de cargas e demolição das lajes avariadas. Outros R$ 9,4 milhões foram usados em obras submersas de proteção e reforço dos pilares e estabilização do solo. A construção de 120 metros de ponte, 8 pilares e cabeceira custou mais R$ 13 milhões.

A ponte caiu após um período de chuvas, há exatamente um ano. As lajes cederam sob dois caminhões que despencaram de uma altura de 40 metros. Os ocupantes de um deles – o motorista, sua mulher e um filho pequeno – conseguiram se salvar. O motorista do outro veículo morreu afogado.

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