O Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte (DNIT) liberou hoje o tráfego para caminhões bitrem, com até 57 toneladas, na única ponte transitável sobre a represa do rio Capivari-Cachoeira, na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), na altura de Campina Grande do Sul, PR. Desde o acidente, em 26 de janeiro, quando parte da outra ponte desabou, apenas essa é usada para o tráfego no local. Até agora podiam passar caminhões com carga de até 45 toneladas.
De acordo com o engenheiro do Dnit Ronaldo Jares, o serviço emergencial de grampeamento da cabeceira norte dessa ponte já foi concluído, garantindo a estabilidade do aterro. Esse era o único impedimento para veículos com mais carga. Em razão da limitação de peso, muitos motoristas precisavam fazer várias manobras de engate e desengate de parte da carroceria para seguir viagem.
A ponte que desabou deve ser reconstruída e entregue até o final de agosto. Jares acredita que na próxima semana as obras no local sejam retomadas. Por enquanto, foram colocados inclinômetros para medir o deslocamento do maciço dentro da represa. "Saber precisamente como está esse deslocamento é muito importante para o projeto", disse.
Antes das obras de contenção já feitas o deslocamento era de 6 a 7 centímetros por dia. Agora, está em 2 centímetros. Ele garante que isso não oferece nenhum risco.
Essa leitura é importante para a definição técnica entre duas opções de reconstrução. Em janeiro, desabaram dois vãos de 40 metros cada um. Para reconstruir a ponte há uma opção de se colocar três vãos de 40 metros, com pilares, ou apenas um de 100 metros, sem pilar.
