DNA mostra que seqüestrador na Áustria não era procurado

Exames realizados com o DNA de Wolfgang Priklopil, apontado como o seqüestrador de Natascha Kampusch, mostraram que ele não se envolveu em nenhum outro crime conhecido na Áustria, de acordo com informações da polícia austríaca. Priklopil teria mantido Kampusch durante oito anos em uma garagem, desde seu seqüestro em 1998, quando ela voltava da escola. Vários austríacos ofereceram apoio e orações para a garota, que, segundo descrição de seus advogados, estava bem, porém indignada por ser retratada como uma vítima.

Erich Zwettler, do Escritório Federal de Investigações Criminais da Áustria, afirmou que o material genético de Priklopil, que se suicidou na quarta-feira após a fuga de Kampusch, não teve nenhuma intercorrência no processo comparativo com um banco de dados nacional. O resultado significa que Priklopil, de 44 anos, não era procurado por nenhuma outra transgressão na Áustria.

Outra autoridade policial descartou, virtualmente, a possibilidade de Priklopil ser um predador serial, que teria atacado outras meninas.

Zwettler afirmou que Kampusch, que continuava em um local não revelado, não tinha manifestado desejo de ter outro contato com seus pais, com os quais ela teve um encontro breve e emocionante esta semana. As autoridades só pretendem interrogá-la novamente na segunda-feira. "Ela precisa descansar", disse um policial. Monika Pinterits, um advogada que diz que passou várias horas com Kampusch, afirmou que a garota estava bem e passava seu tempo lendo jornais e vendo TV. Mas Pinterits, que descreveu Kampusch como muito eloqüente e inteligente, afirmou que ela manifestou objeção por ser retratada como vítima. "Ela não é uma vítima. Ela é uma jovem adulta", afirmou a advogada. "Natascha Kampusch espera que sua pessoa e privacidade sejam respeitadas", completou.

Kampusch, com 18 anos agora, foi mantida, desde os 10 anos, em uma garagem sem janelas por Priklopil, um técnico em comunicação que a teria obrigado, inicialmente, a chamá-lo de master. Zwettler confirmou, inicialmente, as informações publicadas pelo jornal "Kurier", de que Priklopil teve contato sexual com Kampusch, que teria dado supostos detalhes sobre o assunto a uma policial. Posteriormente, ela voltou atrás da declaração, afirmando que a autoridade policial não poderia, oficialmente, confirmar a natureza da relação.

O jornal, citando um investigador que pediu para não ser identificado, informou que Kampusch chorou inconsolavelmente quando soube da morte de seu seqüestrador. Essa mesma fonte disse que pelo menos parte das relações sexuais entre a menina e seu seqüestrador teria sido consensual.

A polícia continuava vasculhando a casa e interrogando várias pessoas para tentar determinar se Priklopil agiu sozinho ou contou com cúmplices. Na ocasião do seqüestro de Kampusch, uma outra garota informou que viu dois homens a empurrando para dentro de uma van branca.

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