A Scotland Yard divulgou hoje imagens de vídeo e uma foto de um dos quatro homens-bomba que mataram 52 pessoas e feriram 700 nos atentados do dia 7 na capital britânica. Trata-se de Hasib Hussain, de 18 anos, de Leeds, norte da Inglaterra. Ele detonou a bomba que carregava numa mochila no interior de um ônibus de dois andares com 80 pessoas.

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Hussain e Shehzad Tanweer, de 22 anos, foram oficialmente confirmados como homens-bomba. Os outros dois figuram ainda como suspeitos. São eles Mohammad Sidique Khan e um jamaicano, Lindsey Germaine. Eliaz Fiaz, de 30 anos, citado na quarta-feira como provável quarto homem-bomba não teve seu nome confirmado pelas autoridades policiais britânicas.

Pela manhã, os britânicos prestaram um tributo aos mortos nas explosões, observando dois minutos de silêncio. A mesma homenagem foi observada em vários países da Europa, principalmente na Espanha, que ainda não se recuperou dos ataques terroristas de 11 de março de 2004, em Madri.

À tarde, os londrinos iniciaram uma vigília na Trafalgar Square, no centro da cidade.

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Os atos públicos não interromperam as investigações. Unidades especiais das forças antiterroristas voltaram a invadir residências em Aylesbury, Bucks e Leeds. Nesta última cidade, técnicos da Scotland Yard realizaram uma explosão controlada sem dar detalhes no bairro de Beeston, onde morava um dos terroristas.

O chefe de operações antiterroristas da Scotland Yard, Peter Clarke, disse que parte das investigações concentram-se em Aylesbury, a 30 quilômetros de Londres. "Queremos saber se os quatro atacantes saíram dali ou estiveram ali", acrescentou. "Esse pormenor é item-chave para confirmar a identidade dos suspeitos."

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Clarke destacou que seus agentes procuram um quinto terrorista, que seria o cérebro dos ataques. "Acreditamos que ele deixou a Grã-Bretanha logo depois das explosões", afirmou.

Um sexto suspeito, um professor egípcio que lecionou química na Universidade de Leeds, também está desaparecido. Identificado como Magdi El-Nashar, ele estudou engenharia química na Universidade da Carolina do Norte, Estados Unidos. A polícia egípcia procura por ele no Cairo.

Os serviços secretos paquistaneses também investigam as atividades de Shehzad Tanweer e Mohammad Sidique Khan, mortos nos atentados. Eles estiveram várias vezes no Paquistão. Khan teria também recebido treinamento militar no Afeganistão.

Os trabalhos de identificação das vítimas prosseguem de forma muito lenta. "Em muitos casos, dependemos de exames de DNA", disse um técnico forense. Entre os corpos já identificados está o da israelense Anat Rosenberg. Ela viajava no ônibus destruído pela explosão. Anat morava em Londres havia 18 anos. "O mais trágico em tudo isso é que ela jamais ia a Israel por temer atentados", disse um parente.