Dívida externa cresceu US$ 3,6 bilhões em setembro

Brasília – A dívida externa brasileira atingiu US$ 160,839 bilhões em setembro, com aumento de US$ 3,6 bilhões em relação a agosto, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Banco Central. São US$ 19,461 bilhões de dívida de curto prazo e US$ 141,379 bilhões com vencimentos mais dilatados.

Os principais fatores que contribuíram para o crescimento da dívida foram os desembolsos de US$ 743 milhões na emissão do título Global 22, pelo prazo de 15 anos, de US$ 475 milhões em títulos da dívida (Notes) e US$ 268 milhões de outros empréstimos em moeda e financiamentos.

O chefe do Departamento Econômico, Altamir Lopes, disse que o Brasil recomprou títulos no valor de US$ 304 milhões, pagou US$ 100 milhões em bônus do setor privado e fez amortizações de US$ 15 milhões dos papéis Pré-brady BIB.

Em contrapartida, segundo o diretor do BC, as reservas internacionais aumentaram US$ 1,915 bilhão no mês passado, encerrando o período com montante de US$ 73,393 bilhões, em decorrência da compra de US$ 1,496 bilhão de dólares pelo Banco Central no mercado doméstico. O BC já comprou este ano no mercado interno US$ 24,920 bilhões.

Em virtude da atuação do BC no mercado de câmbio, Altamir revelou que a previsão anterior de que o país fecharia 2006 com reservas de US$ 73,467 bilhões foi revisada para US$ 74,764 bilhões. Abaixo do pico de US$ 75,551 bilhões atingido no último dia 13, que foi o mais alto da série histórica desde 1970. Esse movimento altista também empurrou para cima a previsão de reservas para 2007: de US$ 77,409 bilhões para US$ 78,706 bilhões.

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