Brasília – A dívida externa estimada até março deve chegar a US$ 175,891 bilhões, com aumento de US$ 5,9 bilhões em relação à posição estimada em fevereiro, de acordo com relatório do setor externo divulgado nesta terça-feira (24) pelo Banco Central.
A dívida de curto prazo (com vencimento nos próximos 12 meses) aumentou US$ 4,9 bilhões, por conta de operações interbancárias, com elevação de saldos devedores em linhas de crédito comerciais e saques a descoberto, e atingiu US$ 28,086 bilhões – quase tudo de responsabilidade dos bancos públicos e privados.
A dívida de médio e de longo prazos somou US$ 147,805 bilhões – US$ 74,817 bilhões de responsabilidade da União e US$ 72,988 bilhões dos bancos. O crescimento se deu principalmente por causa da captação externa de US$ 361 milhões em títulos denominados em reais, equivalentes a R$ 750 milhões, e da amortização de US$ 821 milhões em títulos da dívida externa.
O documento do BC revela, também, que as reservas internacionais encerraram o mês de março com US$ 109,531 bilhões, crescimento de US$ 8,461 bilhões em comparação ao estoque apurado no mês anterior. Isso porque a autoridade monetária comprou US$ 8,261 bilhões no mercado doméstico, para sustentar a cotação do dólar.
Entre as operações externas destacaram-se a reabertura do bônus soberano da República BRL 28, com vencimento em 2028, que captou US$ 361 milhões, e a receita líquida de US$ 402 milhões de remuneração das reservas. Em sentido contrário, as demais operações acarretaram redução de US$ 487 milhões no estoque de reservas.
