O setor agrícola está apavorado diante da montanha do débito contraído com as instituições que emprestam dinheiro para financiar a atividade. A rolagem que se estende por dez anos elevou a cifra ao impressionante patamar de R$ 131 bilhões. À primeira vista, uma dívida impagável que, no entanto, os agricultores pretendem renegociar.

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No curto prazo, ou seja, no decorrer deste ano, vencem parcelas de custeio equivalentes a R$ 8 bilhões, para dizer o mínimo, uma expressão monetária para ninguém botar defeito. Premidos pela circunstância probante da falta de recursos para tocar a safra de 2007/08, os produtores começaram a manifestar a recorrente predisposição de transferir o vencimento para o próximo ano.

Por esse motivo superveniente, representantes classistas da agropecuária novamente batem às portas do governo federal e do Congresso em busca de solução urgente, até mesmo pelo fato de que, para muitos, já estourou a data do pagamento dos financiamentos.

Um grupo de trabalho integrado por técnicos dos Ministérios da Fazenda e da Agricultura, representantes de associações de produtores rurais e parlamentares, trabalhou durante o mês de junho tentando reduzir os pagamentos a um percentual mínimo, prorrogando o remanescente por um ano.

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A bancada ruralista tem peso ponderável nessa discussão e, não raro, acena com propostas radicais como a prorrogação integral das parcelas vencidas em 2007, esticando o prazo para as calendas.

A região Sul é responsável por R$ 13,5 bilhões, ou 26% do total da dívida acumulada pelo setor agrícola em dez anos.

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