As grandes distribuidoras ligadas ao Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) estão comprando o mínimo de álcool. Somente para "suprirem as necessidades mínimas, o que é chamado da mão-para-a-boca", afirmou há pouco o vice-presidente da entidade Alísio Vaz.
De acordo com ele, as distribuidoras não se arriscam a fazer compras de volumes maiores do combustível durante a entressafra de cana-de-açúcar, com o preço alto, "sabendo que ele vai cair num curto prazo", disse.
Vaz ratificou que os reajustes no preço do álcool foram repasses feitos pelas distribuidoras dos aumentos das usinas. O executivo lembrou que soma das medidas tomadas pelo governo para frear a fraude no álcool anidro, da forte demanda pelo hidratado vinda dos veículos flex fuel e da entressafra de cana causou os reajustes nos preços do hidratado nas bombas.
"Os fraudadores pararam de comprar álcool anidro, buscaram o hidratado e criaram uma demanda imprevista nas usinas", disse. "Com isso, as usinas estão tendo de hidratar o álcool anidro, processo que tem um custo de R$ 0,07 por litro, o que encarece ainda mais o hidratado", completou o vice-presidente do Sindicom.
Vaz considerou que o custo com impostos para o álcool hidratado hoje é de R$ 1,50 a R$ 1,70, dependendo do Estado, já que há a variação do ICMS. Já o preço natural de vendas ao consumidor seria de R$ 1,70 a R$ 1,90 nas bombas.