Distância do PMDB pode favorecer indicado a ministro

Desde que os senadores peemedebistas José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) indicaram o nome de Márcio Zimmermann para substituir Silas Rondeau no Ministério de Minas e Energia, o PMDB da Câmara tem se divertido para valer. Entre os deputados foi estabelecida uma espécie de jogo, no qual ganhará quem descobrir evidências que liguem Zimmermann ao PMDB.

Há o risco de o jogo terminar sem vencedor. Ninguém conseguiu nada até agora. E pelo jeito, não conseguirá. O atual secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério é tão distante do PMDB quanto do PSDB. É um técnico que, pelo trabalho realizado na Eletrosul, acabou sendo chamado para o Ministério de Minas e Energia em 2004, pela então ministra Dilma Rousseff, hoje na Casa Civil. Continuou ligado a ela. Tanto é que, nas rodadas de negociação para concessão de licença prévia às hidrelétricas de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, Dilma costumava delegar a Zimmermann o direito de falar por ela.

De acordo com informações de bastidores do ministério, Zimmermann nem sequer conhece pessoalmente Sarney e Renan – o que pode até ser uma vantagem, agora que o presidente do Senado se vê envolvido em acusações graves. Os dois só se tornaram seus padrinhos porque, por trabalhar no setor elétrico e depois no ministério, Zimmermann e Rondeau acabaram se aproximando. Como o diretor de Planejamento não é ligado ao PT, Rondeau e ele, dois técnicos, puderam entabular conversas também técnicas, fugindo dos objetivos políticos que envolvem os bate-papos de petistas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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