O fato de o Brasil estar disposto a discutir a proposta argentina de incluir medidas de salvaguardas nas normas do Mercosul não significa aceitá-las, afirma o assessor da área internacional do governo, Marco Aurélio Garcia, em Buenos Aires. "Dizer que o Brasil admite estar negociando as salvaguardas é uma banalidade porque se foi feita uma proposta pela Argentina é óbvio que está sendo discutida, mas se o Brasil vai aceitar a proposta é outro problema."
"Não deveríamos no assustar com alternativas temporárias se estas forem claras, com objetivos maiores, a consolidação do Mercosul, e se forem temporárias", disse Garcia, em entrevista na noite de ontem, em Buenos Aires, onde participou do encerramento do encontro de cidades dos países do Mercosul. Sem querer ferir suscetibilidades, o assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu não se aprofundar no assunto, alegando que o assunto está sendo negociado pelos ministérios de Relações Exteriores e de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele explicou que a questão será considerada pelos aspectos técnico e político.