Discussão sofre o referendo termina em tiros em Juiz de Fora

Belo Horizonte (AE) – Uma discussão em torno do referendo de domingo (23) sobre a proibição do comércio de armas de fogo e munição terminou com uma tentativa de assassinato a tiros do defensor do voto "não" contra uma pessoa que apoiava o voto "sim". O episódio ocorreu no início da madrugada de sexta-feira (21), em um bar na periferia de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, a 255 quilômetros de Belo Horizonte.

Conforme ocorrência da Polícia Militar, por volta das 1h30, após uma discussão envolvendo a consulta popular, o desempregado Willian da Silva, 26 anos, foi atingido por três tiros disparados pelo também desempregado Fagner Silva Torres, de 23 anos.

Os dois estavam em um bar no bairro Monte Castelo, próximo a um posto policial. Segundo testemunhas, a vítima conversava no balcão com dois amigos e manifestava sua opinião em defesa da proibição da venda de armas no País. Torres estava em uma mesa do lado de fora do estabelecimento, acompanhado da comerciante Andréa A. Hipólito, de 26 anos.

Ao ouvir a conversa, Torres foi até ao balcão para enfatizar que era contra a proibição da venda de armas. Testemunhas disseram que o agressor afirmou que "mineiro é muito bobo de defender a proibição" e mostrou a arma que carregava na cintura, dizendo que era assim que os problemas no Rio de Janeiro eram resolvidos.

Os ânimos se exaltaram e Willian teria desdenhado sobre a coragem de Torres, que foi até o Fiat Siena Prata estacionado em frente ao bar, deu três tiros em Willian e fugiu no veículo.

Torres foi preso em flagrante pouco depois, ao ser parado em uma blitz da PM, na BR-040. De acordo com a PM, a arma utilizada na tentativa de assassinato – um revólver calibre 38 com numeração raspada – foi encontrada escondida no filtro de ar do carro. O defensor do "não" foi levado para a delegacia regional da cidade e indiciado por tentativa de homicídio qualificada "por motivo fútil".

A vítima foi levada ao Hospital de Pronto-Socorro de Juiz de Fora, onde foi submetido a uma cirurgia. Ela continua internada, mas não corre risco de morte.

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