O economista Luciano Coutinho completa nesta sexta-feira (1º) um mês desde que recebeu o cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de seu antecessor, Demian Fiocca, em cerimônia pública no auditório da instituição.
Para o público externo, o novo presidente tem se caracterizado pela discrição. Até agora, não mudou nenhum diretor nem superintendente. E, segundo a assessoria de imprensa, deu apenas duas entrevistas – uma grande coletiva no dia da solenidade e outra, rápida e de pé, em um corredor do banco ao deixar o XIX Fórum Nacional, realizado lá.
Segundo funcionários, ele tem trabalhado bastante e impressionado os técnicos pelas perguntas que faz – precisas, em nível de detalhes e que demonstram grande conhecimento sobre o funcionamento das cadeias produtivas de cada setor.
Em algumas segundas e sextas-feiras, prefere despachar na sede da instituição em São Paulo, onde sua sala fica no mesmo andar e a poucos metros da do ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior, Miguel Jorge, que também despacha lá em alguns desses mesmos dias.
Coutinho tem feito o banco trabalhar na preparação de medidas para uma série de objetivos. Entre eles, incentivar ainda mais a inovação; compensar setores mais prejudicados com a desvalorização do dólar; estimular a indústria e apoiar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e investimentos em infra-estrutura.
Outra prioridade de Coutinho é a questão ambiental. A instituição, que já tinha um Departamento para o Meio Ambiente, tem trabalhado para apresentar novidades também nessa área.
Além disso, há um trabalho de conscientização do pessoal da instituição para o tema. Na terça-feira, Dia Internacional do Meio Ambiente, Coutinho falará aos funcionários do banco sobre o tema, antes de exibição do documentário "Uma Verdade Inconveniente" – filme baseado em palestra do ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore sobre o aquecimento global. O documentário será apresentado aos funcionários também nas tardes de segunda e quarta-feira.