A Prefeitura de Curitiba vai instalar nas próximas semanas mais quatro faixas elevadas para travessia em ruas com grande circulação de pedestres: avenida Juscelino Kubitschek, em frente à empresa Kraft; rua Gabriel Freceiro de Miranda, próximo à Escola Estadual Narciso Mendes; avenida Paraná, em frente ao supermercado BIG, e na rua Maestro Francisco Antonello.
As faixas elevadas são usadas pela Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) para melhorar a segurança em locais com grande movimentação de pedestres. "São lugares onde o volume de veículos é baixo, por isso não se justifica a colocação de um semáforo, mas onde os motoristas não costumam dar preferência ao pedestre ou excedem a velocidade regulamentada para a via", explica a gerente de engenharia da Diretran, Rosângela Battistella.
Em São Paulo, as faixas elevadas são conhecidas como "lombofaixas", porque parecem lombadas mais largas que o normal. A largura varia de 5 a 7 metros, formando uma passarela para os pedestres. A faixa de travessia fica na mesma altura da calçada, o que facilita a passagem de portadores de necessidades especiais e pessoas em cadeira de rodas.
A construção das faixas elevadas é feita pelos distritos rodoviários da Prefeitura de Curitiba. A primeira delas foi instalada na pista lateral da Praça Osório, na esquina com a rua Senador Alencar Guimarães. Outras 18 travessias foram instaladas próximas a escolas, igrejas e unidades de saúde. Todos os pontos foram aprovados pela gerência de engenharia da Diretran segundo critérios técnicos de necessidade e viabilidade.
As faixas elevadas são um tipo de redutor de velocidade que não foi previsto pelo Código de Trânsito Brasileiro, mas que tem sido usado em várias cidades. Técnicos de todo o país estão fazendo intercâmbio para criar um padrão de construção e sinalização – o próximo encontro está marcado para o dia 17, em São Paulo, no Instituto Paulista de Engenharia.
A maioria dos especialistas em trânsito defende que as faixas elevadas sejam liberadas e regulamentadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). "Há uma tendência de que a legislação passe a reconhecer a travessia elevada, porque na prática ela se mostrou eficiente", disse a gerente Rosângela Battistella.