Os 68 diretores e funcionários do grupo Schincariol presos pela Polícia Federal continuarão detidos por mais cinco dias. A prisão temporária terminava hoje á meia-noite.
Entre os presos na última quarta-feira (15) e indiciados por formação de quadrilha estão seis advogados e oito funcionários públicos, dois deles policiais militares. Os principais diretores e sócios da empresa de bebidas Schincariol estão presos na sede da PF em São Paulo.
Hoje também foram encaminhados todos os documentos apreendidos pela polícia federal – nas operações de busca da chamada Operação Cevada – para a PF do Rio de Janeiro, que coordena as investigações. Eles serão analisados e encaminhados à Receita Federal.
A empresa Schincariol é acusada de sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e corrupção. A estimativa é de que mais de R$ 1 bilhão possam ter sido sonegados pelo grupo nos últimos cinco anos.
De acordo com o delegado, Cassius Baldelli, o grupo Schincariol se utilizava de "parceiras", distribuidoras abertas em nome de pessoas sem condições financeiras para o empreendimento, os chamados "laranjas".
A investigação começou há dois anos, com denúncias anônimas recebidas pela Receita Federal e operações realizadas em postos fiscais.