Os três diretores de Furnas que foram afastados ontem do cargo negaram qualquer envolvimento na formação de um caixa dois na empresa para o PT, como denunciou o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Segundo nota divulgada há pouco por Furnas e atribuída ao presidente da empresa, José Pedro Rodrigues de Oliveira, o diretor Dimas Fabiano Toledo "negou, com veemência, que tenha abordado com terceiros assuntos relativos à utilização de recursos da empresa"; o diretor José Roberto Cesaroni Cury "informou que não tratou dessa questão com quaisquer deputados" e o diretor Rodrigo Botelho Campos afirmou que "nunca encaminhou qualquer doação ao PT de Minas Gerais".
A nota afirma ainda que "assim, mesmo diante de denúncias que consideraram vazias – e que as sistemáticas de controle da empresa tornam inverossímeis – optaram pelo licenciamento". Ainda segundo a nota de Furnas, a empresa "repudia qualquer noticiário que, com o intuito de divulgar esclarecimentos de fatos em outros domínios, ligue seu nome intocável e historicamente comprometida com a causa do desenvolvimento, a ações menores, para as quais a legislação reserva caminhos de fiscalização aos órgãos controladores da República".
A nota informa também que a Comissão de Sindicância para investigar as denúncias é formada pelo advogado Luiz Fernando Magalhães Couto; o consultor jurídico e Secretário Geral da Empresa, Everton Martins Zveiter e o economista Dário Santos Moura.