Diretor do Senado nega vazamento de informação

O diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, classificou de "improcedente" a informação de que ele teria sido indiciado na investigação realizada na Casa sobre fraude de licitações. Ele também negou que computadores tenham sido apagados para atrapalhar a averiguação. Até porque, segundo Maia, a Polícia Federal dispõe hoje de meios para recuperar todas as informações contidas em disquetes.

Ontem, os procuradores da República Luciano Rolim e José Alfredo de Paula Silva acusaram a Polícia Federal de ter vazado informações sigilosas ao Senado sobre a Operação Mão-de-Obra, que desarticulou em julho uma quadrilha especializado em fraudar licitações em órgãos públicos, entre os quais o Senado, na contratação de serviços de vigilância, limpeza e informática. O vazamento, segundo um dos procuradores, teve conseqüências desastrosas para as investigações, porque nenhum documento foi encontrado.

O diretor-geral do Senado negou que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria sido informado por um delegado da Polícia Federal, com antecedência de 24 horas, sobre a busca e apreensão de documentos solicitados pelo Ministério Público. Segundo Agaciel Maia, Renan teria recebido a informação a 1 hora da manhã, quando lhe pediu que no dia seguinte estivesse no Senado para acompanhar os policiais encarregados da apreensão, como é praxe ocorrer todas as vezes que a Justiça e o Ministério Publico requerem documentos.

Maia disse que quando chegou pela manhã estavam lá cerca de 15 policias e um mandado onde constavam as salas e os documentos que deveriam ser levados. Como algumas pastas estavam no Prodasen (Processamento de Dados do Senado), Maia disse ter recebido ordem de Renan de entregar igualmente tudo o que não estava citado no mandado e que portanto em nenhum momento houve dificuldades na apreensão de documentos.

O diretor-geral do Senado disse ainda ter tido informações de que a denúncia sobre irregularidades de empresas prestadoras de serviço tinha sido feita no decorrer do último ano, sem que em nenhum momento tivessem aparecido indícios de irregularidades nos contratos do Senado.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo