“O Festival é o retrato dos últimos 6 meses de produção nas artes cênicas no país, e o prognóstico dos 6 próximos”. A declaração é de Leandro Knopfholz, diretor do Festival de Curitiba, e foi dada numa coletiva de imprensa realizada na manhã deste sábado (27) no Memorial de Curitiba.

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Para Knopfholz, a edição 2010 do Festival apresentou relevância e pertinência. ‘O Festival tem de tudo: experimentação, companhias estáveis, o clássico e o comercial. Cada vez mais nas artes cênicas se torna difícil delimitar fronteiras, cada vez mais há fusão entre as linguagens’, disse.

Um dos destaques deste ano, para ele, foram as programações Teatro Para Ver de Perto, de Chico Pelúcio, e O Melhor do Circo Paulista, de Beto Andretta – ambas integrantes do Fringe. ‘O Beto se ofereceu para programar uma sala. Ao mesmo tempo, o Chico também foi consultado. Acho que esse é o futuro. É interessante que os teatros não sejam apenas um espaço alugado; é interessante que eles tenham uma coerência. São raros os teatros vivos, com programação pensada’.

O saldo do Festival de Curitiba deste ano foi positivo, para Knopfholz. ‘Tudo fluiu bem. Apontou-se esse novo caminho para o Fringe, e a curadoria da Mostra 2010 foi enaltecida. É senso-comum que a programação da Mostra foi acertada’.

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Entre os planos para o futuro está uma mostra universitária. ‘Já fomos procurados e estamos dispostos a viabilizar. A gente quer que tudo aconteça’, disse. ‘Todas as iniciativas aqui são bem vindas, como o Risorama, por exemplo, que começou no Fringe, foi ganhando corpo e virou um dos eventos de grande destaque’, completou.