Diretor do Decex destaca pequena empresa no aumento da base exportadora

A análise das exportações brasileiras no ano passado, que atingiram US$ 96,5 bilhões, revela aumento do número de empresas na base exportadora, com destaque para as de micro, pequeno e médio portes.

O diretor do Departamento de Operações de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Edson Lupatini Júnior, informou hoje à Agência Brasil que o resultado líquido de 2004 mostra 1.020 novas empresas atuando no comércio exterior, em comparação a 2003; contra 336 em 2003 sobre 2002. Do total acrescido no ano passado, cerca de 900 são do segmento de MPEs.

Para Lupatini "isso demonstra o acerto da política de mecanismos de apoio que o governo vem estabelecendo com a finalidade de aumentar a base exportadora", ampliando o leque de empresas nacionais que efetuam vendas ao exterior.

Segundo Lupatini, o ano de 2004 marcou também uma tendência de desconcentração, tanto em termos de mercados de destino e de produtos, quanto regiões exportadoras. Oito países mostraram crescimento de até 1.000% nas importações de produtos brasileiros, entre os quais Libéria, Sudão, Chipre, Malta, Polônia.

Em termos de produtos, 600 novos itens foram exportados em 2004 em um universo de 7 mil itens, o que significou quase 10% do total da pauta. "Esse movimento dos 600 novos produtos representou quase US$ 1 bilhão para o país, na maioria manufaturados, como máquinas de moldar borracha, prensas para extrusão de metais, guindastes de torres, fio-máquinas de ligas de aço, medicamentos, grupos eletrogêneos (geradores de eletricidade) de energia eólica, instrumentos e aparelhos de telecomunicação", disse.

O balanço de 2004 também revela desconcentração nas vendas externas por regiões brasileiras, antes predominantes no Sudeste e no Sul. Como resultado do programa Estado Exportador, as unidades federativas brasileiras identificadas inicialmente como exportadores de volumes anuais inferiores a US$ 100 milhões (Acre, Amapá, Mato Grosso, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins) já conseguiram ultrapassar essa receita. O sucesso do programa levou o ministro Luiz Fernando Furlan a estabelecer a nova meta de US$ 500 milhões, que vai abranger outros estados.

De acordo com Lupatini, todos os estados brasileiros tiveram incremento em suas exportações. O total nacional aumentou 32% em 2004, em comparação a 2003, com resultados acima da média nacional em 16 estados. Somente na Amazônia houve decréscimo, em razão do aumento do consumo de aparelhos celulares no mercado doméstico.

Lupatini esclareceu, contudo, que retirando esses bens, que constituem o principal produto da pauta exportadora amazonense, a elevação das exportações no estado foi de 26%. Ele representou o secretário executivo do ministério, Márcio Fortes de Almeida, no seminário Comércio Internacional, promovido pela Fundação Getúlio Vargas na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.

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