Brasília – Os juros da dívida brasileira chegaram, em 2005, a R$ 157,145 bilhões, correspondentes a 8,13% do Produto Interno Bruto (PIB). Como o superávit primário, que é a economia feita pelo governo para pagar os juros, foi de R$ 93,505 bilhões, o saldo nominal (subtraindo o pagamento de juros) em 2005 registrou déficit de R$ 63,641 bilhões.

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Ao comentar os números, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, disse que "esse é o maior valor de juros" da dívida. "Isso tem a ver com o comportamento da taxa de juros", afirmou Altamir Lopes, ao lembrar que a política de elevação da taxa básica de juros (Selic), ao longo do ano passado, comprometeu a parcela da dívida atrelada à Selic.

Altamir Lopes explicou que o programa do governo de financiamento da dívida tem provocado uma redução significativa na dívida cambial, com o crescimento da dívida indexada à Selic. "Além disso, a própria acumulação de endividamento leva a uma apropriação maior dos juros".

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