Quatro dias depois de ter recebido ameaças por telefone, o diretor-administrativo do Hospital Getúlio Vargas, Paulo Almeida pode ter sido alvo de uma tentativa de assassinato. Ele estava saindo de casa de moto, na Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro, quando foi emparelhado por um carro preto.
Ele acelerou, foi acompanhado pelo veículo e, logo depois, ouviu dois tiros serem disparados contra ele. Nem ele e nem a moto foram atingidos.
Além da hipótese de atentado, a polícia vai investigar a possibilidade de ter sido um assalto frustrado.
Na quarta-feira, Almeida recebeu um telefonema anônimo informando que, se houvesse corte na folha de pagamento do Getúlio Vargas, ele seria "parado".
Assim como ele, o diretor da unidade, Carlos Alberto Chaves de Carvalho, e o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, vêm sendo ameaçados.
O serviço de inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública, que já havia descoberto, na sexta-feira, um plano para matar o secretário, informou ter descoberto, por meio de interceptações telefônicas, mais dois esquemas que põem em risco a vida de Côrtes. Ele está sob proteção policial.
As intimidações, segundo os atingidos, são causadas por mudanças na gestão da Secretaria e do hospital. No Getúlio Vargas, um levantamento realizado pela nova direção revelou que há funcionários que estão há quase um ano sem assinar o ponto. Na quinta-feira, Carvalho e Almeida foram à 22ª delegacia de polícia, na Penha, para prestar depoimento sobre as ameaças sofridas.