Diretor da Petrobras faz parceria com BNDES para construir plataformas

O diretor financeiro da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, disse hoje que a parceria da empresa com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o financiamento da construção da Plataforma P-52 tem significado importante na política de aumentar o conteúdo nacional dos investimentos da estatal.

Segundo ele, também mostra que a Petrobras está claramente comprometida com a necessidade de expansão da indústria fornecedora de equipamentos do país. "Entendemos isso não apenas como uma meta nacional importante, mas também como uma meta perfeitamente adequada para uma perspectiva empresarial da Petrobras", informou.

Gabrielli lembrou que a Petrobras pretende investir US$ 53,6 bilhões até 2010 e, até 2008, serão construídos 15 sistemas de produção. "Temos certeza de que esse programa de investimentos vai impactar a capacidade da indústria de fornecimento de equipamentos para petróleo em águas profundas no mundo inteiro", afirmou.

Segundo o diretor, a meta com o programa é chegar a 2010 com a produção de 3,4 milhões de barris/dia de petróleo, derivados e gás. Atualmente a produção é de 2 milhões de barris/dia. "Com certeza, temos uma grande contribuição para as indústrias naval, mecânica, de engenharia, de projetos, de fornecimento de equipamentos para petróleo, não só no Brasil, mas também atraindo investidores estrangeiros que queiram se instalar no Brasil", afirmou.

Segundo o diretor de Comércio Exterior do BNDES, Luiz Eduardo Melin, estão em andamento os contratos para a construção das plataformas P-51 e P-54. O valor global de construção das três plataformas é de US$ 2,4 bilhões, mas não está definida, ainda, a parte desses recursos que seria financiada pelo BNDES.

Mellin lembrou que o contrato de financiamento da P-52 começou a ser analisado em fevereiro de 2003, quando muitos analistas diziam que seria impossível aumentar o índice de nacionalização da plataforma. Segundo ele, na elaboração do contrato, foi adotada a metodologia já consagrada no banco, que segue os critérios da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame) de considerar o valor agregado no Brasil para definir 60% de nacionalização dos produtos.

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