O coordenador do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos (FENDH), Ivônio Barros, disse, nesta quarta-feira, que o direito humano à comunicação tem ligação estreita com a educação da população. "Você precisa ser alfabetizado, ter uma educação de qualidade para poder acessar as comunicações, entender os meios de comunicação, interagir com eles e reconhecer os seus direitos".

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Ivônio Barros participou da 10ª edição do Encontro Nacional de Direitos Humanos, na Câmara dos Deputados. Promovido pelo Fórum de Entidades Nacionais em Defesa de Direitos Humanos, em parceria com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o evento tem como tema o Direito Humano à Comunicação: um Mundo, muitas Vozes.

Para Barros, é por meio do direito à comunicação que as pessoas podem ter voz e serem ouvidas. "Esse é, em primeiro lugar, o direito humano de existir, de mostrar que você tem uma cultura, faz parte de uma comunidade indígena, uma favela, uma igreja, um sindicato, do movimento negro ou de homossexuais", explica. "Então você mostra para o mundo que existe, que tem reivindicações, tem direitos e que quer exercer os seus direitos".

Para o coordenador, as rádios comunitárias são exemplo de instrumentos para a democratização da comunicação.

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"Nós temos no Brasil um grande movimento de rádios comunitárias que fica resistindo, mas as organizações do Estado ficam toda hora fechando, então a gente precisa mostrar para o Estado, para a Polícia Federal, para a Anatel e para outras organizações que as rádios comunitárias, a comunicação da comunidade, é essencial para a cidadania, para o exercício dos direitos civis, políticos e humanos".

O evento reúne até amanhã (18) representantes de movimentos ligados aos direitos humanos, do governo, parlamentares e do Poder Judiciário. Ao final do encontro, os participantes vão aprovar um documento com recomendações, que deverá ser encaminhado a autoridades relacionadas aos assuntos tratados.

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