Mesmo um julgamento político deve levar em conta a existência ou não de provas, destacou o deputado José Dirceu (PT-SP). "E não existem provas contra mim, nem testemunhais, nem documentais", voltou a afirmar. "Se eu errei no partido, os meus erros foram políticos na escolha de alianças e na elaboração de programa de governo", afirmou.
Dirceu presta depoimento, nesta terça-feira, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, que analisa o pedido de cassação de seu mandato, feito pelo PTB. A legenda acusa Dirceu de comandar um esquema de compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional, para que apoiassem projetos do governo federal.
O deputado voltou a dizer que está sofrendo um linchamento público. "Este é um processo político que envolve a disputa pelo poder e a sucessão de 2006", diz, ao afirmar que não há provas da acusação. "Não é verdade que eu coordenei, participei ou me omiti do chamado mensalão". Negou também envolvimento no financiamento irregular do PT, por meio dos empréstimos do Banco Rural. "Eu não particei da vida orgânica do partido e não tinha conhecimento dos empréstimos".
